sábado, 23 de julho de 2011

Espaço Comboni

Deixar-se Amar

Só um encontro pessoal com Cristo que leve a uma verdadeira experiência de ser amado nos pode ajudar a compreender o que é a missão e quais as suas exigências. Quando enamorados por Jesus Cristo não temos medo de arriscar e dar o passo decisivo. Jesus ensina-nos a dizer: “Eis-me aqui, Ó Pai, para fazer a tua vontade.”

Esta foi também a experiência de Comboni. Constitui a fonte transformadora que deu sentido a toda a sua vida. Foi o encontro com a pessoa de Jesus Cristo que permitiu a S.Daniel Comboni repetir diante dos pais e amigos, diante de reis e príncipes que não tinha medo “…de deixar tudo o que mais querido tinha na vida e partir para as inóspitas condições do interior das terras Africanas.”

Daniel Comboni fez em si mesmo esta experiência de Jesus de Nazaré que nasceu, cresceu e deu a vida pelo Seu povo, principalmente pelos mais pobres e excluídos da sociedade. Ao dizer: “Eu vim para que tenhais a vida e a tenhais em abundância.” Jesus tocou e cativou o coração de Daniel Comboni, levando-o a empenhar toda a sua vida pela libertação do povo que ele adoptou como seus irmãos e irmãs, o povo africano.

Como para Daniel Comboni, também hoje missão revela inequìvocamente e de uma forma radical que o missionário não vale por aquilo que faz na e com a sua vida. Mas tão-somente pelo amor de Deus que é capaz de experimentar, de deixar brilhar na sua vida e de partilhar com os irmãos e irmãs aos quais é enviado e com os quais partilha a sua existência.

A Capacidade de Optar

Comboni fez a experiência de que a missão é antes de tudo uma questão de amor, de entrega. É um deixar-se encontrar e tocar pelo Deus de Jesus e, assim, se enamorar com tal intensidade que seja capaz de dizer como S. Paulo: “Para mim viver é Cristo. Ai de mim se não levar a Sua Boa Nova aos povos que ainda O não conhecem.” Depois de fazer esta experiência S. Comboni pôde dizer. “O maior amor da minha juventude foi para infeliz Nigrícia e para os infelizes Africanos. E deixando tudo o que tinha de mais querido na vida parti”.

Daniel Comboni não só foi capaz de dar o passo definitivo em direcção aos mais ignorados e desprezados, como também ainda hoje continua a cativar, desafiar e motivar um grupo incontável de jovens a fazer a mesma descoberta e a optar pelo mesmo estilo de vida missionária. Ele disse: “Depois de me ter aconselhado com Deus e com os homens, cheguei à conclusão de que as missões são a minha verdadeira vocação.”

Com Comboni Unidos pela Vida



Daniel Comboni, apóstolo da África, foi ao longo de toda a sua vida um homem apaixonado. A sua vida foi uma aventura com Jesus Cristo, que o levou a uma doação, cheia de entusiasmo e de paixão em favor dos mais pobres entre os povos africanos. A sua decisão de dedicar toda a sua vida pela libertação do povo africano, não foi nem o fruto do acaso nem o de acatar o projecto de outros.



Na sua dedicação até à morte, Daniel Comboni viveu em plenitude a sua paixão pela missão. “A missão e a libertação dos Africanos são o meu sangue e a minha vida. Por isso viverei e morrerei com a África nos meus lábios. Pois é este ideal que desde sempre tem ocupado toda a minha vida e cativado o meu coração.” Sim, S. Daniel Comboni, desde a sua juventude, respirava e transmitia jovialidade, entusiasmo e audácia; estas características mostravam a todos o seu profundo encanto pela vida.




O Amor da Juventude
 

“Sinto-me inclinado a seguir o árduo caminho das missões. Desde há muito que estou suspirando por este instante com maior ardor que o dos namorados quando suspiram pelo momento da boda… eu não tenho medo da vida nem das dificuldades da missão, nem de nada. Imploro a ajuda dos céus. Se abandono a ideia de consagrar-me às missões, ver-me-ei atormentado toda a vida por um desejo que nasceu em mim na minha juventude e tem dado sentido à minha vida.”
 

O apelo era claro: “Leva a tua vida a sério, porque vida é só uma. O tempo perdido não poderá jamais ser recuperado. Para Comboni a vida consistia na procura da verdade em cada momento e em cada atitude da sua vida. Era como que uma opção a abrir-se ao mundo e às múltiplas oportunidades que ele oferece aos que são capazes de olhar para o rosto de cada pessoa. Só abrindo-se ao mundo dos outros e às exigências e desafios que esse mundo nos coloca é que seremos capazes de trabalhar por um mundo novo e diferente. Este desafio aparece como um convite permanente, a ser na vida, um com os outros e para os outros.




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