quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween vs Dia de Todos os Santos

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O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, lamentou que a Europa do terceiro milénio troque os seus "símbolos mais queridos" pelas "abóboras" do Halloween. O número dois do Vaticano comentava assim, em 2009, a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que define a presença do crucifixo nas escolas como uma violação da liberdade religiosa dos alunos e como contrária ao direito dos pais em educarem os filhos segundo as suas convicções.
Claro que, subjacente à expansão do Halloween, está o tentar ofuscar a celebração de "Todos os Santos": o ofuscar da Luz, da Vida, da Ressurreição, de Deus!
Celebrar o Halloween é celebrar a morte; celebrar Todos os Santos é celebrar a Vida!
No contexto de campanhas publicitárias da promoção da festa de Halloween, cada vez mais agressivas, a Conferência Episcopal Francesa, já no distante ano de 2003, publicou um comunicado para explicar o sentido da Festa de Todos os Santos e do Dia dos Fiéis Defuntos.
Com a Festa de 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, a Igreja deseja "honrar os santos anónimos, muito mais numerosos que os canonizados pela Igreja, que com frequência viveram na discrição ao serviço de Deus e dos seus contemporâneos", recorda o texto. Neste sentido, declaram os bispos, a Festa de Todos os Santos é a festa de "todos os baptizados, pois cada um está chamado por Deus à santidade". Constitui, portanto, um convite a "experimentar a alegria daqueles que puseram Cristo no centro de suas vidas".
A 2 de Novembro, dia de oração pelos defuntos, é proposta uma prática que se iniciou com os primeiros cristãos: a ideia de convocar uma jornada especial de oração pelos falecidos, continuação de Todos os Santos, surgiu no século X: "A 1 de Novembro, os católicos celebram na alegria a festa de Todos os Santos; no dia seguinte, rezam de maneira geral por todos os que morreram», afirma o documento.
Deste modo, a Igreja quer dar a entender que «a morte é uma realidade que se pode e que se deve assumir, pois constitui o passo no seguimento de Cristo ressuscitado." Isto explica as flores com que nestes dias se adornam os túmulos, "sinal de vida e de esperança", concluem os prelados.
A tradição diz que, em Portugal, no Dia de Todos os Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos grupos para pedir o Pão por Deus de porta em porta. Em tempos, as crianças, quando pediam o Pão por Deus, recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos. É costume, em algumas regiões, os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações chama-se a este dia o 'Dia dos Bolinhos'.
E o Halloween? Esta festa chegou dos Estados Unidos da América e, hoje, é celebrada em toda a Europa no 31 de Outubro. Esta comemoração veio dos antigos povos bárbaros Celtas, que habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos. Estes povos realizavam as colheitas nesta época do ano e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante nessa noite, e queriam, entre outras coisas, alimentar-se e assustar as pessoas. Então, os Celtas costumavam vestir-se com máscaras assustadoras para afastar esses espíritos. Este episódio era conhecido como o "Samhaim". Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, e os povos que aí viviam converteram-se ao Evangelho, transformando este ritual pagão numa festa religiosa. Em lugar de se honrar espíritos e forças ocultas, este povo começou a honrar os santos.
A tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, os não convertidos ao Cristianismo celebravam, também, a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e abundância de comida. A noite era chamada de "All Hallows Evening": veio o Halloween!
Que todos nós, cristãos, celebremos a Vida e não a Morte; não nos deixemos enganar nem seduzir pela cultura de morte dos que vivem sem Deus!
Fonte: Comunidade Cristo de Betânea

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